Em alguns casos parece mentira… Em alguns casos realmente é mentira… Em outros é apenas o clássico caso de “Quem conta um conto aumenta um ponto”.
A questão é que toda cidade pequena tem um ou mais políticos ou causos políticos engraçados. Ou tem sempre algum engraçadinho que cria ou lê uma história, atribui um personagem real a elas e as espalha como casos verídicos. (embora seja flamenguista, prefiro acreditar nisso no caso da maior parte das histórias de Vicente Matheus), enfim, na minha cidade não é diferente e provavelmente na sua tampouco.
Eis um caso verídico (tão verídico quanto o diz o povo) de um prefeito de minha cidade:
Piúma é uma ilha, marítima e fluvial, no litoral sul do Espírito Santo, um dos menores municípios do Estado. Durante mutos anos, para se entrar na cidade tínhamos que cruzar uma ponte de madeira, bem velha. O prefeito eleito, nem adianta que não me lembro a época, decidiu que faria uma ponte de concreto.
O povo vibrou com a idéia, então o prefeito contratou um engenheiro para fazer o projeto. Claro que ele já tinha uma idéia para a ponte e queria colocá-la em prática.
Quando o engenheiro apresentou o desenho da ponte, o prefeito, na mesma hora recusou e disse o que queria.
O engenheiro redesenhou o projeto para que ficasse como o prefeito queria e reapresentou o projeto.
– Não! Eu não quero com colunas, qero uma ponte em arco, sem colunas.
– Mas prefeito, uma ponte em arco, sem colunas de sustentação, é impossível, vai contra a Lei da gravidade de Newton.
E depois de pensar por alguns minutos o prefeito deu de ombros.
– Procure saber se essa Lei é Federal, Estadual ou Municipal, por que se for Municipal a gente manda revogar.
E enquanto isso em outra cidade do interior:
Certo prefeito de uma cidade do interior, ao ver nomeado um amigo para comandar o DETRAN, correu a Capital e não se fez de rogado. Foi logo pedindo :
– Amigo, me arranje umas sinaleiras para minha cidade. Vai ser o maior sucesso. Vai ajudar muito a minha popularidade.
O diretor, tomado de surpresa, ante tão inusitado pedido, procurou administrar a euforia do prefeito, mas não tinha como escapar à pressão :
– Compadre, está difícil arrumar esses aparelhos. Tenho de fazer uma grande reforma aqui na capital. Mas vou me esforçar para lhe arrumar quatro semáforos. Mas, por favor, não espalhe. Insisto : não espalhe.
E assim foi. Ao chegar na cidade, um mês depois da entrega, ficou embasbacado. Viu os quatro semáforos colocados no mesmo lugar: o centro da cidade.
Perguntou ao alcaide : “por que você mandou colocar todos eles naquele lugar” ? Sorriso no canto da boca, o prefeito respondeu :
– Ora, compadre, você esqueceu ? Me lembro bem: você bem que me pediu para não espalhar os faróis.
Para não perder a graça da coisa, prefiro não fazer nenhum comentário sobre o tipo de políticos que estamos elegendo.
Sua cidade também tem um causo engraçado assim? Mande para mim e vou ter muito prazer em rir e publicar aqui.